Um Carnaval ecologicamente correto, para toda a família paraense com o abadá mais barato do Brasil. Esses são alguns dos principais fatores que tem atraído todos os anos milhares de foliões para curtir o Carnaval de Curuçá, município do nordeste paraense, distante 130 quilômetros da capital, com cerca de 40 mil habitantes.
O bloco "Pretinhos do Mangue", um dos mais tradicionais do Pará, arrastou cerca de 10 mil pessoas na tarde deste domingo (6). O ritual que há 22 anos se repete, foi cumprido fielmente pelos seguidores da festa. O quesito básico para participar do bloco é não ter nojo da lama, muito menos qualquer tipo de preocupação com a aparência. Quem entra na festa, tem que estar disposto a se sujar.
A preparação começa por volta das 15h, em frente ao Porto Pretinhos do Mangue, que virou Patrimônio Cultural do Estado do Pará. Lá, os brincantes se concentram e começam a se lambuzar com "tijuco", como é conhecida a lama preta dos mangues. "Não adianta se lambuzar de qualquer jeito. Tem que ter toda uma preparação. Começa pelo rosto e depois vai espalhando pelo resto do corpo até ficar completamente sujo. Só o dente pode ficar b ranco", ensina Edmilson Campos, que é um dos fundadores do bloco.
Quem participa pela primeira vez da brincadeira, se depara com um certo dilema: "Estou com medo de me esfregar nessa lama e depois ficar com coceira ou sei lá. Mais eu vou ter que fazer isso. Se não é como se não tivesse vindo para o Carnaval de Curuçá",
(Via DOL)
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